Linha do tempo do Império Romano: Reino, República, Império

Linha do tempo do Império Romano: Reino, República, Império

A seguir está uma linha do tempo da história do Império Romano, consistindo principalmente de mudanças jurídicas, territoriais e políticas significativas no Reino Romano, na República e no Império (Ocidente). Os principais eventos associados aos imperadores romanos também são uma parte natural dessa linha do tempo, e os acréscimos a essa linha do tempo vêm principalmente do livro “Os Doze Césares”, escrito pelo biógrafo imperial Suetônio.

O objetivo desta linha do tempo é fornecer uma visão geral e uma compreensão abrangente da história romana para servir como uma estrutura para organizar o conhecimento. Ao saber, por exemplo, quando Júlio César viveu e o que ele fez, pode-se traçar paralelos, como o fato de o imperador Augusto ter sido seu filho adotivo que assumiu o poder após sua morte, e que a revolta de escravos liderada por Espártaco ocorreu durante sua vida. .

Esta linha do tempo do Império Romano abrange mais de 1.000 anos, de 753 a.C. a 476 d.C., e necessariamente omitirá muitos detalhes. Sinta-se à vontade para entrar em contato se parecer haver alguma omissão significativa.

Linha do tempo do Império Romano: O Reino Romano

Séculos 8 e 7 a.C.

753 a.C.: Rômulo funda Roma nas “Sete Colinas”, estabelece o Reino Romano e se torna o primeiro rei de Roma (de um total de sete).
715 a.C.: Numa Pompilius torna-se o segundo rei de Roma.
673 a.C.: Tullus Hostilius torna-se o terceiro rei de Roma.
667 a.C.: Bizâncio é fundada por colonos megarianos.
642 a.C.: Tullus Hostilius morre e Ancus Marcius é eleito o quarto rei de Roma pela Assembleia da Cúria, uma das assembleias legislativas do Império Romano.
617 a.C.: Ancus Marius morre.
616 a.C.: A Assembleia da Cúria elege Lúcio Tarquínio Prisco como o quinto rei de Roma.

Século 6 a.C.

575 a.C.: O Senado aprova o regente Servius Tullius como o sexto rei de Roma.
535 a.C.: Servius Tullius é assassinado por sua filha Tullia Minor e seu marido Lucius Tarquinius Superbus, que se declara rei de Roma na Cúria Hostilia.
509 a.C.: A patrícia Lucretia é estuprada pelo filho de Lucius Tarquinius Superbus, Sextus Tarquinius; a Assembleia da Cúria concorda em derrubar Superbus e estabelecer uma nova forma de governo onde dois cônsules governam o estado juntos; eles juram nunca mais deixar um rei governar Roma novamente, marcando o fim do Reino Romano.

Linha do tempo do Império Romano: A República Romana

À medida que o Reino Romano chega ao fim, começa um novo período denominado República Romana. Na República Romana, não existe mais monarquia; em vez disso, dois cônsules são eleitos para governar juntos. Este sistema garante que uma pessoa não adquira muita energia, como o Superbus mostrou que poderia dar errado desastrosamente. Embora a República Romana possa conter elementos do sistema democrático que conhecemos hoje, não pode de forma alguma ser considerada uma democracia. Com a República Romana, é estabelecido um sistema de governo que durará cinco séculos antes de ser desafiado por Júlio César no século I aC.

509 a.C.: Os dois primeiros cônsules eleitos são Lucius Junius Brutus e Lucius Tarquinius Collatinus. (Veja a Batalha de Silva Arsia.)
508 a.C.: Um exército Clusiano não consegue capturar Roma. (Veja Guerras Romano-Etruscas.)
501 a.C.: O Senado autoriza os cônsules a selecionar um ditador entre os dois cônsules reinantes em tempos de crise nacional, em resposta à ameaça de uma potencial invasão pelos sabinos; o ditador passa a ser aquele que seleciona o comandante da cavalaria.
500 a.C. (aproximadamente): O sistema de numeração romana é desenvolvido.

Século 5 a.C.

496 a.C.: Invasão perto da atual Frascati em uma tentativa de restaurar o poder do Superbus (ver Batalha do Lago Regillus).
494 a.C.: Os plebeus, liderados por Lúcio Sicínio Velluto, deixam Roma e se estabelecem nas proximidades do Monte Sacro.
459 a.C.: O Senado aumenta o número de tribunos da Plebe de dois para dez, após pressão do povo (ver Tribunos).
458 a.C.: Cincinnatus é escolhido ditador pela primeira vez; ele derrota os Aequians na Batalha do Monte Algidus, que violaram um juramento e organizaram uma ofensiva; Cincinnatus é celebrado em triunfo romano, renuncia à ditadura e retorna à sua fazenda após 16 dias.
449 a.C.: À Assembleia Tribal da Plebe é concedido o direito de veto; as leis fundamentais finais da República Romana pelas Doze Tábuas são aprovadas.
447 a.C.: A Assembleia Tribal é estabelecida e tem o direito de eleger questores.
445 a.C.: O casamento entre patrícios e plebeus é legalizado.
439 a.C.: Cincinnatus é escolhido ditador pela segunda vez, para evitar que Spurius Maelius usasse grãos para obter apoio dos diversos plebeus; Maelius ataca; Caio Servílio Ahala o mata; Cincinnatus renuncia novamente à ditadura e retorna para sua fazenda.
430 a.C.: Uma pestilência atinge Roma.

Século 4 a.C.

400 a.C.: A construção da Muralha Serviana.
390 a.C.: Brennus e os gauleses Senones capturam e saqueiam Roma, notoriamente com a exclamação “Vae victis!” (Ai dos vencidos!).
343 a.C.: O início da Primeira Guerra Samnita.
338 a.C.: A Guerra Latina termina com uma vitória de Roma.
326 a.C.: A conclusão da Segunda Guerra Samnita.
321 a.C.: O incidente de Caudine Forks, onde dois exércitos romanos foram encurralados pelos samnitas em um vale estreito e forçados a se render.

Século 3 a.C.

298 a.C.: A Terceira Guerra Samnita.
287 a.C.: A resolução final do Conflito das Ordens com a aprovação da Lex Hortensia.
264 a.C.: O início da Primeira Guerra Púnica, principalmente pelo controle da Sicília.
241 a.C.: A Primeira Guerra Púnica termina com uma vitória romana e a aquisição da Sicília.
218 a.C.: Início da Segunda Guerra Púnica, liderada pelo famoso general cartaginês Aníbal.
216 a.C.: A Batalha de Canas, uma derrota devastadora para os romanos na Segunda Guerra Púnica.
202 a.C.: Conclusão da Segunda Guerra Púnica, com vitória romana.

Século 2 a.C.

149 a.C.: Início da Terceira Guerra Púnica, culminando na destruição de Cartago.
146 a.C.: A conclusão da Terceira Guerra Púnica, terminando com a destruição total de Cartago, seus territórios tornando-se províncias romanas.
133 a.C.: O início da Guerra Jugurtina.
123 a.C.: Começam as Guerras Servis.

Século 1 a.C.

91 a.C.: O início da Guerra Social, principalmente pelos direitos e cidadania dos aliados italianos de Roma.
83 a.C.: A conclusão da Guerra Social.
73 a.C.: Spartacus, um gladiador e ex-soldado romano, lidera uma revolta de escravos.
67 a.C.: Pompeu recebe poderes extraordinários para lutar contra piratas no Mediterrâneo e Mitrídates VI nas Guerras Mitridáticas.
63 a.C.: Caio Júlio César é eleito um dos Pontífices Máximos.
59 a.C.: Júlio César torna-se cônsul e forma o Primeiro Triunvirato com Pompeu e Crasso.
58 a.C.: Começa a primeira campanha militar de César na Gália.
53 a.C.: A morte de Crasso na Pártia.
52 a.C.: A Batalha de Carrhae, uma derrota desastrosa para os romanos.
51 a.C.: Pompeu e o Senado exigem que César retorne a Roma sem seu exército.
49 a.C.: César cruza o rio Rubicão, iniciando a Grande Guerra Civil Romana.
48 a.C.: A Batalha de Farsália, resultando na vitória decisiva de César sobre Pompeu.
47 a.C.: Pompeu é assassinado no Egito.
45 a.C.: A derrota final das forças de Pompeu em Munda.
44 a.C.: Júlio César é assassinado por um grupo de senadores nos idos de março.
43 a.C.: O Segundo Triunvirato, composto por Otaviano, Antônio e Lépido, é formado.
42 a.C.: A Batalha de Filipos, onde as forças do Segundo Triunvirato derrotam os assassinos de Júlio César.
31 a.C.: A Batalha de Actium, onde as forças de Otaviano derrotam as de Antônio e Cleópatra, levando ao fim da República Romana.

Linha do tempo do Império Romano: O Império Romano (Oeste)

Após a Batalha de Actium e a derrota de Antônio e Cleópatra, Otaviano torna-se o único governante de Roma. A República Romana efetivamente chega ao fim, e o Império Romano começa com Otaviano como seu primeiro imperador, intitulado “Augusto”.

27 a.C.: O Senado Romano dá a Otaviano o título de “Augusto”, marcando o início do Império Romano.
19 a.C.: Agripa derrota os cantábricos na Hispânia.
16 a.C.: Agripa morre.
13 a.C.: Augusto retorna da Espanha para Roma.
9 a.C.: A morte de Druso.
2 d.C.: O nascimento de Vespasiano.
4 d.C.: O nascimento de Calígula (Caio Júlio César Germânico).
5 d.C.: O nascimento de Nero (Nero Cláudio César Augusto Germânico).
6 d.C.: A morte de Marcelo.
9 d.C.: A Batalha da Floresta de Teutoburgo resulta em uma grande derrota romana na Germânia.
12 d.C.: A morte de Júlia.
14 d.C.: A morte de Augusto; Tibério torna-se imperador.

A Dinastia Júlio-Claudiana (27 a.C. – 68 d.C.)

A dinastia Júlio-Claudiana inclui os reinados dos primeiros cinco imperadores romanos. Esses imperadores eram descendentes das duas famílias romanas fundadoras, os Julii (família de Júlio César) e os Claudii (família de Cláudio).

14 d.C.: Augusto morre e Tibério torna-se imperador.
19 d.C.: A morte de Germânico.
29 d.C.: A morte de Lívia.
31 d.C.: Sejano é executado.
37 d.C.: A morte de Tibério; Calígula torna-se imperador.
41 d.C.: O assassinato de Calígula; Cláudio torna-se imperador.
43 d.C.: Começa a conquista romana da Grã-Bretanha.
54 d.C.: A morte de Cláudio; Nero se torna imperador.
59 d.C.: A morte de Agripina, a Jovem, mãe de Nero.

O Ano dos Quatro Imperadores (69 d.C.)

68 d.C.: Nero comete suicídio, levando a um ano caótico em que quatro imperadores diferentes governam brevemente.
69 d.C.: O Ano dos Quatro Imperadores: Galba, Otão, Vitélio e Vespasiano assumem o título de imperador em rápida sucessão.

A Dinastia Flaviana (69 d.C. – 96 d.C.)

69 d.C.: Vespasiano torna-se imperador e estabelece a dinastia Flaviana.
70 d.C.: O cerco de Jerusalém por Tito resulta na destruição do Segundo Templo.
79 d.C.: A erupção do Monte Vesúvio destrói Pompéia e Herculano.
79 d.C.: Vespasiano morre; Tito torna-se imperador.
81 d.C.: A morte de Tito; Domiciano torna-se imperador.

Os Cinco Bons Imperadores (96 d.C. – 180 d.C.)

Este período é caracterizado por uma sucessão de imperadores capazes que trouxeram estabilidade e prosperidade ao Império Romano.

96 d.C.: A morte de Domiciano; Nerva torna-se imperador.
98 d.C.: A morte de Nerva; Trajano torna-se imperador.
117 d.C.: A morte de Trajano; Adriano torna-se imperador.
138 d.C.: A morte de Adriano; Antonino Pio torna-se imperador.
161 d.C.: A morte de Antonino Pio; Marco Aurélio torna-se imperador.

A Dinastia Severa (193 d.C. – 235 d.C.)

Este período é marcado por uma série de imperadores de curta duração, conflitos militares e desafios económicos.

193 d.C.: O Ano dos Cinco Imperadores.
193 d.C.: Sétimo Severo torna-se imperador.
211 d.C.: A morte de Sétimo Severo; Caracalla torna-se imperador.
217 d.C.: O assassinato de Caracalla; Macrino torna-se imperador.
218 d.C.: A morte de Macrino; Heliogábalo torna-se imperador.
222 d.C.: A morte de Heliogábalo; Severo Alexandre torna-se imperador.
235 d.C.: O assassinato de Severus Alexander; começa a crise do terceiro século.

A Crise do Terceiro Século (235 d.C. – 284 d.C.)

Este período é marcado por frequentes mudanças de imperadores, crises militares e fragmentação do Império Romano.

235 d.C.: O assassinato de Severus Alexander dá início à Crise do Terceiro Século.
260 d.C.: O Império Gálico é fundado por Póstumo.
268 d.C.: O Império Palmireno é estabelecido pela Rainha Zenóbia.
274 d.C.: O Império Romano se reunifica sob o imperador Aureliano.

A Tetrarquia e a Ascensão de Constantino (285 d.C. – 337 d.C.)

Este período vê a divisão do Império Romano nos Impérios Romanos Oriental e Ocidental e a ascensão de Constantino, o Grande.

285 d.C.: Diocleciano estabelece a Tetrarquia, dividindo o Império Romano em quatro partes.
293 d.C.: A criação das Dioceses reorganiza as províncias romanas.
306 d.C.: Constantino, o Grande, é proclamado imperador.
312 d.C.: A Batalha da Ponte Mílvia, onde Constantino derrota Maxêncio.
313 d.C.: O Edito de Milão concede tolerância religiosa aos cristãos.
324 d.C.: Constantino torna-se o único governante do Império Romano e estabelece Constantinopla (Bizâncio) como a nova capital.

O Império Romano Posterior (337 d.C. – 476 d.C.)

Este período abrange o declínio e a queda do Império Romano Ocidental.

337 d.C.: A morte de Constantino, o Grande; o império está dividido entre seus filhos.
376 d.C.: Os hunos aparecem na Europa Oriental, desencadeando uma série de migrações.
378 d.C.: A Batalha de Adrianópolis resulta em uma grande derrota romana para os visigodos.
379 d.C.: Teodósio se torna o último imperador romano a governar os Impérios Romanos Oriental e Ocidental.
410 d.C.: Roma é saqueada pelos visigodos sob o comando de Alarico.
455 d.C.: Roma é saqueada pelos vândalos.
476 d.C.: A data tradicional para a queda do Império Romano Ocidental, quando Odoacro, um chefe germânico, depõe Rômulo Augusto, o último imperador romano.

Estes são os principais eventos e imperadores que moldaram a linha do tempo da Roma antiga, desde a sua lendária fundação até a queda do Império Romano Ocidental em 476 d.C.. Dito isto, a história de Roma é incrivelmente rica e complexa, com muitos mais eventos e detalhes que podem ser abordados em um cronograma conciso.

Leituras Adicionais

Se você está lendo estas palavras finais, é ótimo ver que você chegou até aqui! Com base no seu interesse pela Roma Antiga, aqui estão algumas sugestões de leitura adicionais que podem ajudá-lo a aprofundar vários aspectos da história, política e cultura romana que foram mencionados brevemente na linha do tempo acima:

  1. “Os Doze Césares” de Suetônio: Esta fonte primária fornece relatos biográficos fascinantes dos primeiros doze imperadores de Roma.
  2. “SPQR: Uma História da Roma Antiga” por Mary Beard: Este livro oferece uma visão abrangente e envolvente da história, política, sociedade e cultura de Roma. É uma excelente escolha para leitores que procuram uma compreensão completa da Roma Antiga.
  3. “The Rise of Rome: The Making of the World’s Greatest Empire”, de Anthony Everitt: Este livro enfoca o início da história de Roma, desde suas origens lendárias até a ascensão da República Romana. Oferece uma visão detalhada dos eventos e indivíduos que moldaram o desenvolvimento inicial de Roma.
  4. “Rubicon”, de Tom Holland: Se você está interessado na transição da República Romana para o Império Romano, este livro explora os turbulentos anos finais da República e a ascensão de figuras como Júlio César.
  5. “História de Roma”, de Titus Livius (Lívio): A obra monumental de Tito Lívio cobre a história de Roma desde sua lendária fundação até os primeiros dias do Império Romano. Ele fornece informações valiosas sobre a cultura e a política romanas.
  6. “Augusto”, de Anthony Everitt: Se você quiser se aprofundar na vida e no reinado de Augusto, esta biografia oferece um relato detalhado das realizações e do legado do primeiro imperador romano.
  7. “A Revolução Romana”, de Ronald Syme: Esta obra clássica explora a transformação da República Romana no Império Romano. É uma leitura importante para aqueles interessados ​​nas mudanças políticas e sociais deste período.
  8. “César”, de Adrian Goldsworthy: Para um exame detalhado da vida e do impacto de Júlio César em Roma, esta biografia é altamente recomendada. Ele fornece informações sobre as campanhas militares, carreira política e assassinato de César.
  9. “Spartacus”, de Barry Strauss: Se você achou intrigante a revolta de escravos de Spartacus, este livro oferece um relato detalhado dos eventos e do contexto histórico que cerca essa famosa rebelião.
  10. “A Queda do Império Romano: Uma Nova História de Roma e dos Bárbaros”, de Peter Heather: Para obter uma compreensão mais profunda do declínio e queda do Império Romano Ocidental, este livro explora as complexas interações entre Roma e vários grupos bárbaros.

Esses livros devem fornecer muitas informações e perspectivas sobre diferentes aspectos da história romana. Você pode escolher aqueles que mais se alinham aos seus interesses e preferências. Leitura feliz!

Last Updated on 1. november 2023 by Frode Osen